Como diz Valentino, pouco se cria, muito se copia. E assim, as tendências vão retornando do fundo do baú, saindo do armário de décadas atrás.
por Mara Valenttim
Zimmermann com seus vestidos de rendas, babados, o sempre moderno jeans com a alfaiataria oversized e o couro;
Valentino com muito brilho, plumas, gravatas para realçar os looks femininos;
Stella Mccartney com uma moda de muito conforto trazendo também a boa alfaiataria com maxi casacos;
Dior traz o minimalismo com vestidos midi New Look criado em 1947, com cinturas marcadas e saias mais amplas em cores bem sóbrias chiques e elegantes e muito brilho;
Olivier Rousteig da Balmain , coloca o código da marca em uma mulher chique, feminina, com ombros e cinturas marcadas, maxi laços com muito brilho e pérolas;
Gucci arrasa com casaco todo em franjas brilhosas, destaca o veterano couro e pelos fake, o jeans brinca com a alfaiataria e rendas com meias coloridas;
Versace escolheu o vinil para compor com o cetim e xadrez - em sua maioria com cores neon -, explorou a alfaiataria moderna com o nostálgico piet de poule, vestidos justos na versão midi valorizando uma mulher bem feminina e as bolsas “bafônicas” não faltaram;
Chanel com seu tradicional clássico em tweed e piet de poule, em uma versão mais moderna, e com direito a feminilidade das rosas nas lapelas e pescoço em seus maravilhosos ternos clássicos;
Mas como se sentir chic com uma moda que traz tantas tendências diferentes?
Será que tudo que está em alta na moda te favorece?
E seu estilo, sua essência, como equilibrar tudo isso?
Ser chique é ser elegante?
Acredita-se que a moda traz referências em determinados momentos que a sociedade vive, buscando no retrô a inspiração do moderno por seus estilistas.
O mercado da moda precisa dessas mudanças. Momentos em que a sociedade dita o que vestir. Grandes centros fashionistas como Milão e Paris, que o digam com seus poderosos desfiles trazendo as tendências.
Muitas vezes grandes estilistas se debruçam na história para buscar a identidade da marca que se dedica e até trazê-la de volta como Maria Grazia Chiuri fez com Monsieur Dior trazendo em sua coleção a versão da década dos anos 50. Diante de tantas referências, com certeza, uma delas irá ao seu encontro para que você escolha sua melhor versão.
Algumas pessoas acabam pecando nos looks por deixar de observar seu estilo, seu estereótipo físico, o que mais lhe favorece com o que está usando.
Não adianta vestir algo que está nos grandes desfiles e marcas, e não identificar com seu estilo de vida. Gasta-se dinheiro com roupas caríssimas e não conseguem um resultado satisfatório, enquanto algumas colocam looks simples e baratos e se destacam onde chegam.
Com a contemporaneidade do “tudo pode”, perdeu-se a noção do ridículo.
Precisa estar atento ao que realmente te valoriza, senão corre o risco de estar antenada com a moda sem ela te favorecer.
É interessante que você descubra seu estilo pra não ficar refém só do que está em evidencia nas vitrines. A variedade de propostas são inúmeras; uma, com certeza se aadaptará a maneira que mais se sinta bem.
Mas será que só o externo nos completa ou a elegância e o chique tem outro endereço, também?
Estamos vivendo um momento de aparências, onde o ter é imprescindível; onde o comportamento dita a moda, mas não fala da essência, do que realmente alimenta a alma. Questionamentos de como ser chic são levantados sempre em todas as rodas sociais e no mundo fashion.
Nesse quesito, acredita-se que o Chic vem mesmo é de dentro, de como você vive, da sua verdadeira essência, do comportamento de forma simples, leve e sem esforço. Por isso, muitas vezes, pessoas sem um poder aquisitivo alto, conseguem se destacar mais que outras que gastam quantias significativas para se vestirem.
“As pessoas confundem elegância com a melhor roupa a ser vestida. Não, a elegância é na alma”; como diz acertadamente o ator Tony Ramos.
Poder-se-ia completar essa maravilhosa fala, como ter empatia com as pessoas, amar e respeitar o próximo, ser resiliente e bondoso consigo mesmo e procurar a sua melhor versão para a vida. Enfim, a moda está no estilo de vida que você escolheu para te acompanhar, na delicadeza dos gestos, na simplicidade do compartilhamento, no amor pelas coisas que faz e realiza, na alegria de ajudar mesmo sabendo que não será recompensado por isso, na felicidade de amar as pequenas coisas, de contemplar os cenários divinos e ter Gratidão por tudo que você conseguiu ser até o presente momento dessa estrada deslumbrante que se chama vida.
Descubra-se!!
Hodiernamente, as mulheres maduras precisam de um pouco mais de cuidado com as escolhas de seus looks. Com tanto procedimento estético, às vezes perdem-se no que usar. Parâmetros e bom senso são esquecidos na hora das escolhas, não observando peças sofisticadas que possam valorizar sua maturidade. Podem usar várias tendências jovens sem cair em escolhas que as deixam sem referência de si mesmas. A moda está possibilitando uma versatilidade de estilos e misturas incríveis. O jeans traz uma contemporaneidade com a alfaiataria, marcante. Esse casamento forma uma parceria super moderna e arrojada para uma mulher descolada e bem resolvida. A feminilidade dos vestidos em tecidos nobres, exala um charme muito pessoal. Quando você se descobre, sustenta seu estilo, seja ele qual for. Com certeza, com todas essas nuances, você poderá encontrar o que mais ressaltará seus pontos fortes voltados para o “vestir bem.”
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