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Dia Internacional da Mulher

  • Foto do escritor: Revista Personalità
    Revista Personalità
  • 6 de mar.
  • 2 min de leitura

Porque dia 08 de março?


Os fatos históricos a seguir jogam luz na questão:


* 1857 - 129 operárias de uma indústria têxtil foram trancadas e incendiadas vivas quando protestavam sobre as más condições de trabalho. Esta é a versão mais divulgada;


* 1908 - 15 mil mulheres organizam passeata exigindo redução do horário de trabalho, melhores salários e direito ao voto;


* 1909 - nos Estados Unidos a primeira declaração do Dia Internacional das Mulheres estabelece como data comemorativa o dia 28 de fevereiro;


* 1910 - Em uma conferência internacional em Copenhague, mulheres socialistas escolheram o dia 19 de março como sendo o Dia Internacional das Mulheres.


* 1911 - Tecelãs da fábrica da Triangle Shitwaist, em Nova Iorque morreram queimadas vivas em um incêndio causado pelas péssimas condições de trabalho. As portas da empresa foram fechadas durante o almoço para que não se dispersassem e assim elas não conseguiram fugir do sinistro.


1857, 1908, 1910, 1911 tantos anos se passaram e até hoje não se sabe ao certo como iniciou a comemoração do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A versão mais falada, até hoje, refere-se ao incêndio criminoso de 1857, contudo, vários historiadores dizem categoricamente que este fato nunca existiu.


Renée Cote, pesquisadora canadense estudou durante dez anos na Europa , EUA e Canadá e nunca encontrou qualquer fonte que registrasse as memórias de lutas operárias, qualquer referência desse incêndio.


Como se chegou a esta data? Seria então um mito? Fala-se de uma fusão histórica entre a greve de 1910 e o incêndio de 1911, todos em Nova Iorque. A origem pode ser um mito, mas é inegável o vínculo direto entre a data e as tragédias e vitórias que circundam as mulheres em reivindicações por respeito, justiça e igualdade em todas as suas formas, temas tão atuais ainda hoje, 168 anos depois do suposto incêndio. Aqui vale uma reflexão: as questões discutidas em torno da mulher independem da época, do lugar, dos costumes ou tradições. São latentes e extremamente atuais. Percebe-se claramente isso quando um país como o Brasil, que se orgulha pelo seu exemplo de democracia, necessita de uma lei, n° 11.340, de 7 de agosto de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, para proteger a mulher contra a violência.


Enfim, hoje é dia de comemoração e mais ainda de profundas reflexões sobre a situação da mulher, sobre nosso presente concreto e o que faremos pelo nosso futuro real. Nos outros 364 dias do ano devemos praticar as conquistas alcançadas e principalmente fazer valer os nossos direitos. Finalizando, agradeço às nossas antecessoras que através de muita coragem, anos de lutas, e até mesmo com o sacrifício da própria vida me garantiram o direito de hoje estar aqui dizendo: - Me orgulho de ser uma mulher!


Luciana Vitali De Vito e Vitor




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