Arte de conquistar pessoas e inspirar comportamentos e estilo de vida na rede social
Por Daniela Brito
Com o acesso cada vez maior da população à internet, principalmente através de smartphones, e, o fortalecimento das redes sociais, cresce o número de influenciadores digitais, ou melhor, digital influencers. Uma profissão que movimenta milhões e transformou o mercado publicitário.
Pesquisa inédita realizado ano passado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Estatística e Pesquisa), confirma que o aumento do uso de smartphones no país acompanha o fenômeno do marketing de influência e, faz surgir cada vez mais a figura do digital influencer.
De acordo com o levantamento, a profissão de influenciadores digitais está em constante crescimento desde 2016. Além disso, o estudo revela que 52% dos internautas brasileiros seguem pelo menos um influenciador digital.
Este profissional é um formador de opinião capaz de influenciar multidões de seguidores nas principais plataformas como Facebook, Instagram, YouTube, Twitter, Tik Tok e blogs.
Como? Grande parte fecha parcerias com grandes marcas e cria conteúdos exclusivos, promove as ofertas e alavanca as vendas. Ou seja, influencia diretamente seu público, potenciais consumidores.
É uma carreira que vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. Mas o sucesso depende de uma série de fatores, principalmente quanto ao poder de se comunicar deste profissional e a habilidade de gerar conteúdos relevantes. Para alcançar o sucesso, ainda é preciso muita paciência em conquistar o maior número de seguidores, o que assegura mais credibilidade ao digital influencer.
Alcançando estes objetivos, com sua própria identidade e a interação do público, as chances de os influenciadores digitais saírem do anonimato são grandes e possíveis. E, o sonho destes é, com certeza conquistar pessoas, inspirando comportamentos, estilos de vida e hábitos de consumo, chamando atenção das grandes marcas para transformar sua influência em faturamento.
A criatividade também é um diferencial. Criar conteúdo de qualidade, post, vídeos, stories e fazer lives para gerar engajamento são ações básicas e fundamentais para o influenciador digital.
O tão conhecido “engajamento” no mundo dos digitais influencers é a forma que o público interage com o influenciador e com as próprias marcas que trabalha. Afinal, o profissional precisa entregar a informação e gerar resultados.
Para isso, também é necessário abrir mão da privacidade. Geralmente, os digitais influencers acabam tendo grande exposição nas redes sociais e, a vida aberta como um livro. Tudo há um preço.
Por falar em valores, o digital influencer tem grande potencial de rendimento. No Instagram, por exemplo, a remuneração gira conforme o número de seguidores e são divididos em categorias. Os chamados megainfluenciadores – que possuem mais de um milhão de seguidores -, cobram valores a partir de R$ 10 mil por publicação. Neste caso, são personalidades já conhecidas do público fora das redes sociais e seguiram por este caminho, após serem contratadas por marcas famosas para fazer campanhas publicitárias.
Um caso de sucesso é da Juliette, que ganhou o Big Brother Brasil 2021. O número de seguidores dela aumentou conforme sua participação do reality show e, agora vem faturando alto no Instagram. Hoje, ela possui nada menos que 31 milhões de seguidores.
Há também exceções como Lorrane Silva, a queridíssima Pequena Lo, que se formou em Uberaba e atualmente, reside em São Paulo. Como um fenômeno, ela caiu na graça do público e já caminha para seus 4 milhões de seguidores. Ano passado, Pequena Lô recebeu o Prêmio Influency.me de melhor digital influencer na categoria Humor.
Nesta trilha há também o “microinfluenciador – que geralmente possuem entre 500 mil e 1 milhão de seguidores. Estes cobram em torno de R$ 1 mil por parcerias e alcançam bons resultados com suas postagens.
Quanto aos chamados “nanoinfluenciadores” - que possuem entre 10 mil a 100 mil seguidores -, estabelecem valores em partir R$ 400. São aqueles que se tornaram conhecidos pelas redes sociais divulgando conteúdos para um público e caminham para o sucesso.
Há ainda os digitais influencer que estão apenas começando e que aceitam permutas, que é receber o produto pela divulgação.
Tudo depende da negociação.
Já no YouTube, a monetização depende das visualizações. A plataforma paga de 0,25 e 4,50 dólares a cada 1.000 views. Por isso, os influenciadores digitais precisam produzir muitos vídeos e alcançar muitas visualizações e engajamento. O Youtube também remunera caso seja permitido inserir anúncios nos vídeos.
Outras redes sociais como Twitter e TikTok, também não remunera diretamente o influenciador, mas há uma forte tendencia para que este conceito seja mudado em breve.
Já do outro lado, os internautas se apoiam nos digitais influencer e através deles, para consumir produtos e serviços. A maior parte das pessoas que seguem um digital influencer é do sexo feminino. De acordo com o Ibope, a faixa etária destas mulheres são entre 25 e 34 anos, e pertence à classe B, ou seja, um público jovem e totalmente antenado em novidades.
Dentro deste contexto, é claro que os seguidores também estão de olho em qualquer deslize. Por isso, uma característica fundamental do digital influencer é a autenticidade para dar respaldar no que entrega para o público, sem criar personagens ou agir de maneira artificial.
Uberaba é palco de grandes e bons digitais influencers, que fazem parte do cotidiano de quem está ligado nas redes sociais.
Conheça um pouco da história deles:
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