Por Cidinha Fortes
Empreendedora lojista no segmento de moda casual feminina
O que trago para os leitores é minha experiência como participante do curso de Moda “Paris Style Week “, em Paris, no mês de setembro/2023. Que pessoa que trabalha com moda não deseja fazer um curso numa das capitais mundiais da moda? Um verdadeiro mergulho na história das vestimentas até o conceito de Moda como conhecemos hoje. E o tempo todo fizemos um link com acontecimentos sociais que estão intimamente ligados à forma como as pessoas se expressam através do vestir.
A moda é uma indústria global que emprega milhões de pessoas e contribui significativamente para a economia mundial. É nítida a influência dos acontecimentos sociais nas vestimentas das pessoas, basta olhar o que acontece nos momentos de guerras (as duas guerras mundiais). E num passado mais recente, o que causou a pandemia do Covid-19 como consequência nos hábitos de vestir: a procura por roupas e calçados confortáveis levou as marcas a repensarem seus produtos. Através da moda, podemos aprender sobre a história e tradições de diferentes culturas ao redor do mundo. No curso pudemos conhecer a história das maiores marcas francesas de alta costura e prêt à porter tais como como Yves Saint Laurent, Chanel, Dior, Azzedine Alaïa, Louis Vuitton e, também, a italiana Schiaparelli e a inglesa Burberry. Nas visitas que fizemos a museus, ateliês e no encontro com pessoas envolvidas nas "Semanas de Moda de Paris", pudemos perceber a grandiosidade da indústria da moda. Pude ver, também, a importância e a valorização do trabalho de artesãos. Isso está muito presente, o tempo todo, nos bordados e tweeds. A exemplo, visitamos o 19M da Chanel, que comporta mais de 600 artesãos de diferentes áreas. Alinhado com os valores da Chanel, o espaço foi pensado para que os profissionais se sintam acolhidos, confortáveis e respeitados. Todos os ambientes do 19M são muito especiais. É um lugar único no mundo.
"Aquilo que uma pessoa veste diz muito sobre ela, reforçando sua identidade, comportamento e cultura."
O objetivo do 19M é preservar e desenvolver o savoir-faire dos artesãos e de suas obras. Um verdadeiro e indispensável legado.
Pudemos conhecer, também, a Malhia Kent, onde são fabricados os tweeds da Chanel e de outras grandes marcas.
É impressionante o trabalho artesanal ao se desenvolver a amostra do tecido idealizada pelos estilistas das grifes. Estivemos, também, no Palácio de Versalhes e Petit Trianon, onde pude constatar a importância de Maria Antonietta, rainha da França, para a moda.
A última rainha da França era uma lançadora de moda inquieta e contestadora. Chocou ao vestir calças, até então exclusivas dos homens. Deixou de lado os espartilhos de barbatana de tubarão e adotou peças leves para se aproximar dos camponeses. A primeira “Influencer” de moda de que se tem conhecimento. Não é por acaso que esse é o nome de minha loja.
É impossível falar de história sem observar como as pessoas se vestem e se comportam. Não é, de forma alguma, obrigatório usar grife, itens de luxo ou apostar nas últimas tendências de moda para vestir-se bem.
A moda é acessível a todos, independentemente de sua condição financeira. Existem opções para todos os bolsos e é possível criar um estilo único com peças acessíveis. Minhas clientes viajaram comigo, através das postagens que fiz diariamente. Meu objetivo foi valorizá-las, por meio do conhecimento que adquiri, fato esse que me concede autoridade naquilo que falo e transmito para elas, através do meu atendimento.
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