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VINHO - Conheça os tipos, sabores e as regras básicas de harmonização


Os tipos e sabores do Mundo dos vinhos com a enófila Gisele de Carvalho

Definir o que é um bom vinho é algo muito difícil. Gisele de Carvalho é enófila, entusiasta do mundo do vinho e estuda sobre o ramo desde 2016 quando teve oportunidade de conhecer no chile uma das mais tradicionais vinícolas do mundo. Hoje, a sommeliers leva a cultura do vinho através da empresa VINHOS DEGUSTE, especialista em consultoria (transporte, armazenamento, taças, temperatura, sequência para servir vinhos, harmonização e degustação) além de vendas individuais, para lojas ou eventos. Ela explica que o ideal, para quem está começando a apreciar a bebida, é experimentar diversos rótulos e tipos para ir desenvolvendo o paladar e estilo que mais vai agradar. Desta forma, o que para uns é bom, para outros pode não ser. Tudo depende do paladar.

“O passo mais importante para conhecer de vinhos é degustar, ou seja, bebê-lo prestando atenção nas suas características, qualidade e defeitos. O sabor de um vinho é construído através do contato da bebida com vários dos nossos sentidos: o paladar, que é ativado no contato da bebida com as papilas gustativas; o olfato, que aguça o sabor da bebida com os aromas que percebemos em cada tipo de vinho, e a visão, que nos permite criar uma expectativa daquele copo que estamos prestes a saborear”, destaca.

Ela salienta que todos os apreciadores do vinho começam degustando os mais doces e comumente de uvas não viníferas, pois neles é sentido a sabor da uva. “Após um tempo esse nosso gosto altera e vamos ‘secando’ cada vez mais a bebida. Após isto, notamos que nos vinhos de mesa esse sabor de uva é um defeito e mudamos para os vinhos finos, onde podemos identificar diversos aromas e sabores”, diz.


O BÁSICO SOBRE O VINHO


CLASSE DO VINHO

A classe do vinho ajuda a definir a graduação alcoólica e o estilo da bebida. Essa informação pode ser verificada no rótulo da bebida ou, em alguns casos, observando aspectos específicos da sua composição ao ser servido em um copo.

Vinhos: graduação alcoólica de 10 a 13º, podendo variar entre finos, nobres, especiais, comuns, frisantes ou gaseificados;

Vinhos leves: graduação alcoólica de 7 a 9,9º;

Espumante: espumante e com gradação alcoólica de 14 a 18º;

Vinhos compostos: preparados com a adição produtos de origem animal, vegetal, óleos ou outros ingredientes, com graduação alcoólica de 15 a 18º;

Vinhos licorosos: vinho com aspecto de licor, com graduação alcoólica de 15 a 18º.


CORES DOS VINHOS

A cor de um vinho pode ter relação com o tipo de uva utilizada para sua preparação, assim como com o seu processo de fermentação. Três colorações de vinho podem ser encontradas para consumo:

Vinho tinto: elaborado a partir de uvas de coloração avermelhada ou roxa. É o tipo mais comercializado dessa bebida em todo o mundo.

Vinho branco: elaborado a partir da fermentação de uvas brancas ou escuras, porém sem o uso da casca.

Vinho rosé: elaborado a partir de uvas escuras, porém que liberam pouca coloração ao processo de fermentação. Podem também ser um blend de uma preparação tinta e outra branca, resultando na coloração rosa suave.


TEOR DE AÇÚCAR

O teor de açúcar de um vinho permite classificar a bebida de acordo com uma das múltiplas facetas do seu sabor, já que a acidez, o amargor e o aroma do vinho também podem influenciar na sua percepção ao consumir essa bebida.

Vinho seco (ou brut): preparado com até 5g de açúcar a cada litro da bebida;

Vinho suave: preparado com mais de 20g de açúcar a cada litro da bebida;

Vinho demisec: preparado com 5 a 20g de açúcar a cada litro da bebida.


EXEMPLOS DE VINHOS E CLASSIFICAÇÕES

Depois de aprender um pouco sobre as características básicas que ajudam a classificar um vinho, é interessante saber aplicar a teoria aos rótulos mais tradicionalmente consumidos. O tipo de uva escolhido para cada preparação é responsável por terminar de moldar o sabor de cada bebida, sendo uma das principais responsáveis pela suavidade ou amargor de rótulos específicos. Confira as características das uvas mais tradicionais.

Cabernet Sauvignon - Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.

Malbec - A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.

Merlot - A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.

Tannat - A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlot para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.

Pinot Noir - A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.

Chardonnay - Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demisec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.

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